"Com o isolamento social e embalados pelo apelo do 'fique em casa', em função da pandemia, a percepção do passar do tempo sofreu mudanças, como praticamente todo o cotidiano de quem tem seguido as recomendações de quarentena", diz a graduanda de Jornalismo da Ufal, Viviane Lima. De seu apartamento no bairro da Pitanguinha, em Maceió, a estudante costuma ficar diante da janela, único local que, para ela, tornou-se mais seguro espiar um pedaço do mundo. O cenário não muda muito, mas é possível perceber, nos registros de Viviane, as transformações do tempo, através da mudança de luz captada por sua câmera. "É como se o passar do tempo, através da observação do entardecer, das chuvas, das noites de lua cheia tivesse se tornado mais perceptível. Com isso, o calendário e a contagem do tempo perderam um pouco o sentido", diz.